Brincadeiras de criança
Ainda guardo na lembrança,
Pois tenho a esperança
De reviver um dia
Aqueles momentos de euforia.
Onde tudo que eu mais queria
Era brincar alí no chão,
Sujando a minha mão
Ao rodar o meu pião.
E aí de repente
Não sou mais inocente,
Percebo que infelizmente
Aquele tempo passou,
Muita coisa mudou
E aquele menino desabrochou.
Agora só me resta a saudade
De quando eu tinha habilidade,
E a minha felicidade
Dependia de quase nada.
Com a cabeça embaraçada
Me pego num conto de fadas,
Almejando de volta a inocência
Que foi perdida por demência
E alimentada pela ânsia
De ser adulto um dia.
E agora minha nostalgia
É coisa de momento,
Aprendi que a alegria
É como o vento.
Chega e contagia,
Mas muda com o tempo.
(Pedro Vlan)