É sexta-feira


Atira!
Vira pra mim essa mira
E aperta o gatilho sem dó.
Faz essa noite virar pó,
Pega tudo que tenho de pior
E varre pra debaixo do tapete.
Faz "aquela" sala de enfeite
Como quem não fez nada,
Cara de pau rachada
Curtindo com a rapaziada.

Intenso!
Acende mais um incenso,
Joga esse perfume no ar,
Liga o som pra climatizar
E deixa a noite rolar
Que tudo fica numa boa.
Sou do tipo de pessoa
Que não pensa no amanhã,
Com o corpo e a mente sã
No estilo bon vivant.
Viva!
Com a cabeça ativa.
Não desperdice mais tempo
E aproveite cada momento
Sem medo de arrependimento.
O barato da vida é ser feliz
É o que todo mundo diz.
Então, levante essa bandeira
E largue de besteira
Que hoje é sexta-feira.
(Pedro Vlan)

Livre e leve pensamento


Que o brilho nos olhos dessa menina
Nunca de desfaça e vire rotina.
Dance com a vida, bailarina
Fazendo um eterno carnaval.

Que seu sorriso seja sempre sincero
Como o cantar de um quero-quero
Poesia simples, que tanto venero
Cuja beleza não há igual.

Solte o cabelo por um momento
E voando como pétalas ao vento
livre e leve, será o pensamento
Pairando sem destino final.
(Pedro Vlan)

Internauta entediado



Eu ando muito down
Com tédio de viver
Saturado dessa mesmice
Que está a me envolver

Cansei de ser um internauta
Telespectador da vida alheia
Onde a mentira está em alta
Prega o amor, mas o ódio semeia

Sorrisos de alegria
Mascarando a dor
Frases de hipocrisia
Substituindo o amor

Conselhos pro dia-a-dia
Na tela de um computador
Quando tudo que eu queria
Era um pouco de calor

Que venha e sacuda minha cabeça
E não me deixe que esqueça
Que a solidão é temerária e passageira
E toda depressão, por mim, passa ligeira.
(Pedro Vlan)

A você




Com meu amor, lápis de cor
Imaginei e pintei
Você.

Olhos de mel, feitos a pincel
Admirei e desejei
Te ter.

Coisa mais bela, na aquarela
Caprichei e desfrutei
Teu ser.

Toda nua, à luz da lua
Suspirei e controlei
Meu querer.

Seios empinados, lábios rosados
Salivei e tentei
Descrever.

E nessa noite fria, a poesia  
Criei e dediquei
A você.
(Pedro Vlan)

Não enche




Quando saio pra balada
Não tenho nada a perder
Vestidinho, salto alto e maquiada
Só volto quando amanhecer.

Não há nada que me impeça
Vou dançar, beber e paquerar
Pois hoje tudo é festa
Vou deitar e rolar!

Você me chama de louca
Só porque rebolo até o chão
E com o dedinho na boca
Sou pura sedução.

Tenho todo o direito
Na noite sou feliz
Pare de olhar pro meu peito
Olha no meu olho e me diz.

Porque preciso seguir um padrão
Que é imposto pela sociedade.
Pagar de santinha na multidão
Mas ser uma piriguete na verdade?

E se eu não tenho marido
É uma escolha minha
Portanto, não enche querido
Escolhi ser feliz sozinha.
(Pedro Vlan)